quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Transtorno dismórfico corporal: Você gosta do que vê quando se olha no espelho?

Homem se olhando no espelho insatisfeito - NIH


Você gosta do que vê quando se olha no espelho? Se a resposta for “não”, você não está sozinho. Para muitos de nós, há uma lacuna entre como vemos nosso corpo e como gostaríamos que ele fosse.

As taxas de obesidade continuam aumentando, e ao mesmo tempo os meios de comunicação nos bombardeiam com imagens de pessoas magras ou musculosas. A distância entre a realidade e expectativas pode deixar muitas pessoas se sentindo inadequadas.

É normal ocasionalmente se olhar no espelho e desejar ter um corpo mais definido ou cabelo mais glamoroso. Porém, algumas pessoas não conseguem parar de pensar sobre as imperfeições que acreditam ter em seu corpo. Elas podem evitar sair na rua porque sentem-se envergonhadas por causa da sua pele, cabelo, peso ou outras características.

“Elas dizem que são feias, imperfeitas ou deformadas, porém na realidade sua aparência é normal.”, diz Dra. Katharine A. Phillips, psiquiatra na Brown University. “As imperfeições físicas que elas enxergam são coisas que não conseguimos perceber ou são mínimas”.

Ter uma imagem corporal negativa como essa não é somente um problema de atitude. Isso pode afetar a saúde mental e física. Se o excesso de pensamentos sobre seu corpo causar angústia ou interfirir com a sua vida cotidiana, você pode ter um transtorno de imagem corporal, também conhecido como transtorno dismórfico corporal (TDC).

O transtorno dismórfico corporal é uma condição que afeta entre 1-2% da população. Ele ocorre um pouco mais em mulheres do que em homens. “Pessoas com transtorno dismórfico corporal frequentemente pensam sobre um defeito imaginário em sua aparência física; esses pensamentos são difíceis de resistir ou controlar”, diz Dra. Phillips. “Na média, esses pacientes relatam que pensam sobre seus defeitos percebidos em torno de 3 a 8 horas por dia


Por causa dos seus defeitos imaginados, muitas pessoas com transtorno de dismórfico corporal evitam sair em público. Em torno de 3/4 teve episódios dedepressão, e em torno de 1 em 4 tentou suicídio.

Muita atenção tem sido dada a como a cultura e a mídia podem prejudicar os sentimentos femininos sobre seu corpo. Porém, estudos sugerem que homens também sentem que não podem corresponder à imagem sarada e musculosa que veem nos filmes, programas de TV e comerciais.

“A sociedade vem recompensando músculos desenvolvidos e os relacionado à masculinidade”, diz Dr. Harrison Pope, psiquiatra da Harvard Medical School.

Dr. Pope e colegas encontraram uma grande lacuna entre o que os homens pensam sobre seu corpo e o que a acreditam que as mulheres preferem. Em um estudo, pesquisadores pediram a homens nos EUA e Europa para selecionar um tamanho e tipo de corpo no computador que achavam encaixar com seu próprio corpo. Então eles selecionaram um corpo que acreditavam que as mulheres achariam mais atraentes. Na média, os homens esperavam que as mulheres preferissem corpos com em torno de 9 kg a mais de músculos do que tinham.

Porém, quando os cientistas perguntaram às mulheres que forma de corpo preferiam, elas escolheram tipos comuns masculinos, sem músculos extra. “Os homens parecem ter uma visão distorcida do que as mulheres querem”, diz Dr. Pope.

Uma visão distorcida do quanto musculoso você é, pode ser sinal de um tipo de transtorno dismórfico corporal chamado dismorfia muscular. Pessoas com esse transtorno podem ser obsessivas em ficarem mais musculosas. “Elas podem olhas no espelho e achar que estão pequenas e fracas, mesmo que na realidade estejam musculosas”, diz Dr. Pope. Sua autoimagem corporal distorcida as coloca sob risco de uso ilegal de anabolizantes e outras drogas para ganhar massa muscular.

Esteróides anabolizantes são extremamente eficientes para construir massa muscular, porém eles cobram um preço alto à saúde do usuário. Eles podem danificar o fígado, causar pressão alta, colesterol elevado e problemas de pele. Evidência crescente sugere que esteróides anabolizantes podem também danificar o músculo cardíaco. Homens podem desenvolver mamas e ter os testículos diminuídos. O uso de esteróides anabolizantes também pode alterar certas substâncias do cérebro e afetar o humor e comportamento.

“Um efeito surpreendente é que quando homens tomam esteróides anabolizantes e gradualmente ficam mais musculosos, eles algumas vezes ficam mais obcecados com sua massa muscular e até mais insatisfeitos”, diz Dr. Pope.

Pessoas com transtorno de dismórfico corporal podem focar em qualquer parte do corpo. A preocupação mais comum é com algum aspecto da pele. Muito pacientes são fixados no seu cabelo ou nariz. Alguns se preocupam com seu peso, coxas, dentes ou face. Mais de 1/3 procura cirurgia estética, embora essa raramente corrija o problema que imaginam ter.

Transtorno dismórfico corporal pode ser difícil de diagnosticar, porque afeta pessoas que parecem normais e frequentemente são muito tímidas para falar sobre suas preocupações com a aparência. Pistas incluem se olhar frequentemente no espelho, cuidados excessivos com a aparência e cobrir as partes do copo que não gostam.

“A boa notícia é que estamos aprendendo muito sobre tratamentos efetivos para esse transtorno”, diz Dra. Phillips. Alguns estudos sugerem que medicamentos conhecidos como inibidores de recaptação de serotonina, o quais são usados para tratar depressão, podem ser efetivos no tratamento de transtorno de dismórfico corporal. Um tipo de psicoterapia conhecida como cognitivo comportamental, também parece promissora.

Caso não tenha um transtorno de autoimagem, melhorar sua atitude sobre seu corpo pode se dar aceitando que corpos saudáveis podem ter muitas formas e tamanhos. Todos queremos ter boa aparência, mas não devemos nunca sacrificar nossa saúde para tentar obter um “corpo perfeito”.



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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

II DESAFIO 50K DA CHAPADA DO ARARIPE

SOBRE O DESAFIO da chapada do araripe

Uma corrida pedestre solo ou em dupla, criada em 2015, cujo objetivo é dar uma volta parcial na Chapada do Araripe, Barbalha CE, no menor tempo possível, ou seja, o atleta ou a equipe dá um verdadeiro abraço festivo na Chapada.
É uma ultramaratona, porém inclusiva, ou seja, permite que pessoas com diferentes níveis de condicionamento físico possam participar na categoria de dupla. Os graus de dificuldade do percurso variam devido aos tipos de terreno, como trilhas na mata, descidas íngremes, chão batido, asfalto, calçamento e aclives. As subidas das encostas da Chapada são fortes, a segunda metade do percurso, é basicamente subidas fortes e este é o percurso mais temido no Desafio 50km da Chapada do Araripe, pois se apresenta em terreno de chão batido, com subidas íngremes a partir do quilometro 35, até o quilômetro final da prova.
A altitude máxima atingida em cima do platô do Araripe é de 1.000 metros de altitude. Depois vem a descida, bastante árdua, e às vezes escorregadia em calçamento de pedra tosca. Participar do Desafio 50km da Chapada do Araripe é estar preparado, e fazer uma excelente programação com antecedência. A prova requer, do atleta, preparação e organização alguns meses antes do evento. É importante que o atleta leia com atenção o regulamento da prova e esteja atento aos detalhes.
O percurso tem paisagens maravilhosas e a comunidade barbalhense é acolhedora e educada. Respeitar a natureza, mantendo-a livre de resíduos indesejáveis, é uma solicitação constante da organização, e OBRIGAÇÃO para os atletas, no percurso da prova e uma preocupação também da população local.
O trânsito não é bloqueado em momento algum, portanto, o corredor deve manter-se “ligado”, atento; a mesma recomendação é válida para os atletas que tenham motoristas ou ciclistas de apoio, que deverão, outrossim, conhecer o regulamento da prova e observar atentamente as orientações passadas pelos árbitros nos diversos postos de hidratação / fiscalização.
Devido a toda a preocupação com danos à natureza, a organização da prova tem toda a preocupação com atitudes quanto à neutralização da poluição do meio ambiente, potencialmente cometidos pela competição. Esta atitude responsável que continua nos próximos anos, em todos os eventos.


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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Não descuide da hidratação

PARA QUEM pratica atividade física os cuidados devem ser redobrados durante o inverno e períodos de baixa umidade do ar. Irritação no nariz, mal-estar e pele ressecada são alguns dos males que ar seco pode causar. Um dos maiores perigos para quem realiza exercícios físicos nos períodos de seca é a desidratação. Quando um indivíduo está desidratado, significa que houve uma perda excessiva de água do organismo, acompanhada da perda de sais minerais e orgânicos. “Realizar atividade física sem ingerir uma quantidade de água suficiente pode provocar fraqueza, moleza, diminuição do desempenho e até desmaios”, afirma educador físico da Unique Fitness, Osvaldo Gabriel, de Brasília.
Segundo ele, o ideal é a pessoa beber 300 ml a 500 ml de água por hora de prática desportiva, principalmente na época da seca. Além disso, durante o restante do dia, devem ser ingeridos, pelo menos, mais oito copos do líquido. Essa quantidade pode parecer exagerada, mas Gabriel ressalta que muitas pessoas costumam ter uma visão equivocada da sede. “Essa sensação não é bem regulada no nosso organismo. Quando sentimos sede, significa que já estamos desidratados. Por isso, devemos beber água sempre, mesmo que – aparentemente – não pareça necessário”.
A hidratação deve ser um hábito entre os corredores e a ingestão de líquidos tem que acontecer antes, durante e depois dos treinos. “Se nos períodos de umidade do ar elevada já existe essa preocupação, agora ela tem que ser redobrada. Aqui em Brasília, por exemplo, o clima é instável demais e o atleta tem que se cuidar para não prejudicar sua saúde”, diz o treinador. É a água quem permite que as fibras musculares deslizem com mais facilidade, melhorando o rendimento físico e evitando cãibras. Até para ganhar massa muscular é preciso manter-se hidratado, pois é ela que faz com que o glicogênio chegue às células e nutra as fibras musculares.
Quando o corpo perde água as funções orgânicas, como a absorção de nutrientes, ficam prejudicadas. Uma pessoa pode aguentar até 40 dias sem comer, mais nunca mais do que três sem água. O suor é o primeiro sinal de que o corpo está perdendo líquidos. É a maneira como o organismo reage para manter a temperatura interna estável, seja no inverno ou no verão. Mas atenção com a água que você leva à boca. Se a procedência for duvidosa, não beba, pois ela pode conter microorganismos responsáveis por várias doenças.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Inscrições abertas para a Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado

A partir desta segunda-feira, 14, está aberto o período de inscrições para participar da tradicional Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado. As inscrições devem ser feitas no Ginásio Pedro Ciarlini de hoje até o dia 25 deste mês. Os interessados podem se dirigir ao local pela manhã, das 8h às 11h ou pela tarde das 14h às 17h. A Taxa de inscrição para todas as categorias será de R$ 5,00 e duas latas de leite em pó, que serão posteriormente doadas a uma entidade filantrópica.
A organização da 66ª edição da Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado será feita pela Federação Norte-rio-grandense de Ciclismo. A prova que acontece nos dias 26 e 27 deste mês é considerada uma das mais antigas do país e vale pontos para o ranking nacional. A expectativa é que ciclistas de vários estados participem da competição. A prova terá as categorias Elite Masculino e Feminino, Júnior, Master A, Master B e Master C.
A Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado será realizada em circuito de rua, compreendendo todo o percurso da Avenida Rio Branco, desde a Rua Felipe Camarão até a Rua João Marcelino, com saída e chegada em frente ao Memorial da Resistência. Os cinco primeiros colocados de cada categoria serão premiados em dinheiro e com troféu.
INSCRIÇÃO - No ato da inscrição será exigida apresentação de RG, CPF, Número do PIS/PASEP, Título de Eleitor e Número da Conta Bancária - Corrente ou Poupança (Pessoa Física) no nome do atleta participante. O ciclista menor de idade deverá apresentar a assinatura do responsável pelo atleta (ciclista) e o genitor e/ou responsável deverá ter toda documentação exigida, sob pena de ser desclassificado em caso de vencedor na prova. 
NOTA DO BLOG: Domingo último ocorreu a sétima e última etapa do GIRO DO OESTE que serviu de base para a tão esperada PROVA CICLÍSTICA GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO, essa etapa teve o mesmo circuito que será usado para Governador Dix-Sept Rosado onde deu oportunidade dos ciclistas terem uma familiaridade das famosas curvas de velocidades esse evento contou com 198 ciclistas que teve como organizador Pierre e Paulinho da Bici Sport. Segue imagens do Giro do Oeste.
CIRCUITO DA PROVA CICLÍSTICA GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO


COBERTURA DO GIRO DO OESTE







Fonte: https://www.facebook.com/BICI-SPORT-Bike-Shop-420509418021445/timeline/



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Challenger Ultra Race 50k Costa do Sol Nascente






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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado chega a 66ª edição

As inscrições serão feitas entre os dias 14 e 25. Elas serão realizadas das 8h às 11h e das 14h às 17h. A Taxa de inscrição para todas as categorias será de R$ 5,00 e duas latas de leite em pó, que serão posteriormente doadas a uma entidade filantrópica. O valor deverá ser pago no ato da inscrição.

 A 66ª Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado será realizada em circuito de rua, compreendendo todo o percurso da Avenida Rio Branco, desde a Rua Felipe Camarão até a Rua João Marcelino, com saída e chegada em frente ao Memorial da Resistência.

O secretário Abraão Dutra avisa que não será permitida a entrega do leite em pó, em pacotes ou embalagens plásticas.  Ele ainda informa que no ato da confirmação de inscrição será exigida apresentação da RG, CPF, Número do PIS/PASEP, Título de Eleitor e Número da Conta Bancária - Corrente ou Poupança (Pessoa Física) no nome do atleta participante. O ciclista menor de idade deverá apresentar a assinatura do responsável pelo atleta (ciclista) e o genitor e/ou responsável deverá ter toda documentação exigida, sob pena de ser desclassificado em caso de vencedor na prova.

CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIAR:








BAIXAR O REGULAMENTO:



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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Saiba alongar corretamente e evite lesões na corrida

Os 30 minutos que antecedem o início de uma competição ou sessão de treinamento constituem um de seus momentos mais importantes. Durante este período, o atleta deverá se alongar seja ele profissional, amador ou praticante de atividade física. 

O alongamento é muito mais do que tocar a ponta dos pés por algumas vezes antes de começar a praticar alguma atividade. É a chance de sentir o próprio corpo e começar a se preparar para o jogo ou treino, tanto fisicamente quanto psicologicamente. O músculo que não está adequadamente alongado torna-se muito mais suscetível a estiramentos ou rupturas (lesões) quando submetido a forças repentinas. Já o músculo alongado permite ao atleta movimentos mais completos, mínimo risco de lesões e melhor desempenho físico. 

A rotina de alongamentos também proporciona ao esportista uma excelente oportunidade para começar a se concentrar, rever sua tática para a prova e mentalizar a técnica correta de seus movimentos. Qualquer alongamento é sinônimo de relaxamento e, portanto não deve causar dor. Sempre deve ser realizado com movimentos suaves e contínuos, com ênfase no tempo de execução das diversas posições e não no número de repetições dos exercícios.

Apesar da prática do alongamento ser recomendada por inúmeros profissionais da área da atividade física, seu benefício para a prevenção de lesões não é consensual na literatura científica especializada. Entretanto, diversos estudos mostram que corredores com lesões prévias são menos propensos a incorporar uma rotina de alongamentos durante seus treinamentos1, e outros apontam uma redução drástica no índice de lesões em atletas que se alongam regularmente2. 

A tabela a seguir apresenta a divisão dos períodos de uma sessão de treinamento em relação ao tempo total disponível, em porcentagem de minutos, contemplando os períodos de preparação pré-treino e recuperação pós-treino normalmente negligenciada pelos corredores.

1) Rotina de treino (% em relação ao tempo total disponível)

- Aquecimento = 5%
- Alongamento = 15%
- TREINO = 60%
- Desaquecimento = 5%
- Alongamento = 15%

Note que o alongamento inicial é precedido por um curto aquecimento para que a musculatura não seja submetida às forças deste estiramento controlado estando totalmente despreparada, enquanto que o alongamento final é precedido pelo desaquecimento e possui outra finalidade: promover ganhos de amplitude da musculatura e auxiliar sua recuperação metabólica após o trabalho físico realizado.

Comece a rotina de alongamentos com um leve trote de cinco a 10 minutos de duração (uma ou duas voltas na pista de atletismo). Durante os exercícios, os 10 segundos iniciais dos alongamentos compõem a fase de relaxamento, feitos de forma muito lenta e relaxada. 

Segue-se então a fase de desenvolvimento, com movimentos mais intensos (sem causar dor) que devem duram por volta de 20-30 segundos. Nessa etapa respire de maneira lenta e controlada, pois respiração difícil é sinônimo de esforço desnecessário.

Produtos tópicos como cremes ou loções podem proporcionar uma sensação de alívio e calor pelo aumento da temperatura local da pele, porém, jamais devem substituir os alongamentos. Ao final do treino ou competição repita a rotina de alongamentos após o desaquecimento. Desta forma, seus músculos conseguirão metabolizar mais facilmente os resíduos biológicos produzidos pelo exercício físico e você estará mais bem recuperado e preparado para seu próximo treino.


Referências:
1. McCrory et al., ACSM, 1999
2. D’Ambrosia, Clin Sports Med, 1985



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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Eu Corro - por Drauzio Varella, 68 anos, médico


Eu Corro - por Drauzio Varella, 68 anos, médico
Quando eu estava prestes a completar 50 anos, um amigo me disse que naquela idade começava a decadência. Então resolvi fazer alguma coisa legal para comemorar a data e tive a ideia de fazer uma maratona. Já comecei a correr pensando nos 42 km.
Pouco tempo depois, outro amigo me passou um programa de treinos e fui seguindo como podia. No fim daquele ano, corri a Maratona de Nova York em 4h01. Isso foi em 1993, e desde então já participei dessa prova mais umas sete ou oito vezes. Também já corri em Chicago, Berlim e Joinville — meu melhor tempo é de 3h38, em 1994, em Nova York.
A maratona é minha distância preferida. Ninguém corre 42 km sem estar preparado, todo mundo ali sabe o que está fazendo, então existe muito mais respeito. Já participei de alguns revezamentos e provas menores, mas não gostei. Também fiz a São Silvestre e detestei, achei uma bagunça.
Treino duas vezes por semana no Parque do Ibirapuera e nos fins de semana procuro correr no Minhocão ou no centro da cidade. Aí vario os trajetos: passeio pela praça da Sé, largo de São Bento, Mercado Municipal. Cada treino varia entre 15 e 25 km, depende de quanto tempo tenho.
Também subo os 16 andares do meu prédio duas vezes por semana. Vou pelas escadas e desço pelo elevador, onde aproveito para ir me alongando. Repito isso entre oito e dez vezes. É puxado, mas me dá um fôlego danado e com certeza me ajuda a correr melhor.
Se as pessoas fizessem mais exercício, ficar parado seria menos penoso para o corpo. Quando você é sedentário, você se levanta e logo tem que se sentar de novo — e aquilo não te descansa. Quando você corre bastante e senta, é uma sensação muito boa.
Sempre levo meu tênis quando vou viajar. Tem coisa mais gostosa do em um dia de congresso você se levantar cedinho para treinar? Corro 2 horas e depois passo o resto dia sentado, sem culpa, ouvindo as pessoas falarem sobre os assuntos de que eu mais gosto. É uma delícia.
Para mim, a corrida é um antidepressivo maravilhoso. Sou muito agitado, faço muitas coisas e a corrida também me ajuda a relaxar. É o momento em que fico em contato comigo mesmo, vejo minhas limitações, e isso me deixa mais com o pé no chão. Por isso não corro ouvindo música e prefiro treinar sozinho.
No ano passado, fiz a Maratona de Berlim em 4h12. Depois pensei que se tivesse feito 2 minutos a menos teria me qualificado para Boston. Não quero estabelecer essa meta porque tenho medo de me frustrar, mas, se este ano eu conseguir fazer uma maratona em menos de 4h10, posso comemorar os 70 anos correndo em Boston.
Não tenho nenhum cuidado especial com alimentação. Antes do treino, bebo uma água de coco ou como uma fruta. Depois tomo café com leite e como pão, azeite e tomate. Não estou convencido de que existe um benefício real nesses géis e vitaminas, aminoácidos. Durante a maratona só bebo água, não tomo nem isotônico. Como cortei açúcar da minha alimentação há 34 anos, tenho medo de ficar enjoado e passar mal.
O exercício só é bom quando ele termina. Durante, é sofrimento. Às vezes você até libera uma endorfina no meio e dá uma sensação boa, mas o prazer mesmo vem quando você acaba.
Quem faz atividade física tem um envelhecimento muito mais saudável. Tenho quase 70 e não tomo nenhum remédio, peso 3 kg a mais do que na época da faculdade. As pessoas dizem: “Você é magro, hein? Que sorte!” Não é sorte, tenho que suar a camisa todos os dias.
Eu corro porque estou convencido de que o exercício físico é contra a natureza humana. Precisamos combater essa inércia. Nenhum animal desperdiça energia, ele gasta sua força para ir atrás de comida e de sexo ou para fugir de um predador. Com essas três necessidades satisfeitas, ele deita e fica quieto. Vá a um zoológico para ver se você encontra uma onça correndo à toa. Ou um gorila se exercitando na barra. Por isso é tão difícil para a maioria das pessoas fazer atividades físicas.
Um exemplo disso são meus pacientes. A grande maioria são mulheres com câncer de mama. Muitas passam por quimioterapia, perdem o cabelo, têm enjoos, fazem cirurgia para retirar parte do seio. E enfrentam esse processo com tanta coragem que fico até emocionado. Depois disso tudo, falo para elas que, se caminharem 40 minutos por dia, cortam pela metade a chance de morrer de câncer de mama. Esse índice é maior do que o da quimio, mas menos de 1% das minhas pacientes começam a fazer exercício. Vai contra a natureza humana.
Muita gente fala que não tem tempo de fazer exercícios. Dizem que acordam muito cedo para levar os filhos à escola, que trabalham demais, que têm que cuidar da casa. Antes eu até ficava com compaixão, mas hoje eu digo: isso é problema seu. Ninguém vai resolver esse problema para você.
Você acha que eu tenho vontade de levantar cedo para correr? Não tenho, mas encaro como um trabalho. Se seu chefe disser que a empresa vai começar um projeto novo e precisa que você esteja lá às 5h30, você vai estar lá. Você vai se virar, mudar sua rotina e dar um jeito. Por que com exercício não pode ser assim?
Nós temos a tendência de jogar a responsabilidade sobre a nossa saúde nos outros. Em Deus, na cidade, na poluição, no trânsito, no estresse. Cada um de nós tem que se responsabilizar pelo próprio bem-estar e encontrar tempo para cuidar do corpo. É uma questão de prioridades.
Se você não consegue fazer exercício de jeito nenhum, pelo menos tem que ter consciência de que está vivendo errado, que não está levando em consideração a coisa mais importante que você tem, que é o seu corpo.
“Este ano pretendo correr as maratonas do Rio e de Chicago. Se fizer abaixo de 4h10, me qualifico para Boston”
Drauzio Varella é oncologista

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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Intercalar a corrida com natação e hidroginástica estimula seu corpo

Você é corredor de fim de semana ou é corredor habitual? A corrida é um esporte democrático, pois todos podem correr, inscrever-se em provas curtas (5km ou 10km), meias maratonas ou maratonas completas. O problema é que nem sempre estão capacitados.
O recomendável é intercalar as atividades de corrida em pisos com distintas irregularidades e níveis de rigidez ao impacto, como areia, grama, em vez de só correr no asfalto. Por sua vez, a corrida na água é um trabalho muito intenso e com menos impacto. Nadar ou fazer hidroginástica são atividades que devem ser intercaladas com a corrida no solo. Deste modo, nós exercitamos de uma maneira diferenciada, dando estímulos e sobrecargas diferentes às articulações e à musculatura global.
Hidroginástica Eu Atleta (Foto: Divulgação)
Os exercícios e atividades devem ser variadas quanto ao trabalho corporal global - novos estímulos exercitam o corpo e a mente, criando novos eneagramas mentais, ou seja, novas estratégias.
O corredor de final de semana está mais fadado a ter lesões, devido à fadiga periférica, maior quantidade de acido lático na musculatura e à fadiga central, ou seja, cárdio-respiratória, por estar menos condicionado por não ter um tratamento continuo.
Para estes atletas, são recomendáveis os diferentes relaxamentos na água. Uma alternativa são os relaxamentos aquáticos passivos, dos quais o mais conhecido é o Watsu. Nestes, o paciente fica nos braços do fisioterapeuta, é embalado como um bebê e são realizadas movimentos passivos de alongamento, mobilização articular e neural, massagens, manipulações de shiatsu. Outro método de relaxamento.
Outra alternativa é o relaxamento aquático ativo, cujo exemplo mais conhecido é o Ai Chi. Compreende movimentos lentos, amplos, suaves, de equilíbrio e alongamento coordenados com a respiração.

Após a corrida, a musculatura está tensa e impregnada de ácido lático. É necessário relaxá-la, distendê-la. A água é o melhor remédio. No âmbito da Hidroterapia, além dos relaxamentos, dispomos de vários.

Os atletas de fim de semana e atletas ocasionais que resolvem participar de uma corrida sem nenhum ou pouco preparo estão sujeitos à fadiga extrema periférica e/ou central, resultando em lesões articulares, musculares e até mesmo cardio-vasculares.
A natação relaxante e o caminhar dentro d’água também são recomendáveis para soltar a musculatura, principalmente para os atletas mais condicionados.
A água, ou seja, a hidroterapia e as diversas atividades aquáticas são versáteis, podendo tanto ser utilizadas para estimular como para relaxar a musculatura. No pós-corrida, após um estresse intenso, a água é um valioso coadjuvante no relaxamento.
fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2012/11/intercalar-corrida-com-natacao-e-hidroginastica-estimula-seu-corpo.html


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O DESAFIO DA INDEPENDÊNCIA consta o atleta Correr 7 Meias em 7 dias.


O Desafio teve início HOJE dia 01/09/2015 e encerrará no dia 07/09/2015.
Serão contabilizados no mínimo 1 Meia no Hall dos Maratonistas CORREFOR, mas a do dia 7 de setembro é obrigatória.

O Desafio Independência tem como objetivo principal buscar a superação com responsabilidade correndo 21 km X 7 dias. Portanto, não exagere e faça de acordo com seu histórico de treinamento, pois o crescimento de volume gradual é de suma importância para o corredor se manter longe de possíveis lesões. O desafio não é aconselhável para quem está começando as corridas.



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